#GARIMPO | Pará é rota do ouro ilegal
Clique aqui para assistir a reportagem do Bom Dia Brasil do dia 09/09/2016 (Fonte: GloboPlay). |
A Polícia Federal (PF) investiga a rota do ouro ilegal no estado do Pará. Na segunda-feira, dia 29 de agosto, um homem tentou embarcar no Aeroporto Internacional de Belém, com destino ao Rio de Janeiro, com R$ 3,5 quilos de ouro em barra, avaliados em R$ 465 mil.
Esta não é a primeira vez que barras de ouro circula com passageiros no aeroporto da capital. Em abril, a Receita Federal também apreendeu 3,5 quilos de ouro que estavam escondidos dentro do banheiro do setor de desembarque.
No dia 29 de agosto, em Ipixuna do Pará, no nordeste do estado, um homem foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) transportando ilegalmente R$ 6 quilos, avaliados e R$ 816 mil.
Segundo a Polícia Federal o Pará está em duas rotas do ouro. A primeira é internacional. O dinheiro que se ganha ilegal nos garimpos de Suriname e Guiana Francesa entram no Brasil por Belém.
A segunda rota começa nos garimpos do sul do Pará, onde o ouro também é extraído ilegalmente e transportado para o Mato Grosso e Tocantins. Nesses estados, as pedras de ouro são transformadas em barra, e revendidas para comerciantes de São Paulo, que negociam o minério com joalherias de todo o país.
"Existe aquele comércio ilegal e que se torna legal, que é uma empresa que já possui autorização para beneficiar o ouro só que ela beneficia muito mais ouro do que ela declara. Vamos dizer que ela esquenta, que ela lava o ouro, para poder legalizar e chegar, assim, ao mercado do sul e sudeste do Brasil ", explica o delegado da Polícia Federal Uálame Fialho Machado.
Os investigadores consideram a extração ilegal do ouro como um das atividades mais danosas porque envolve uma série de crimes: Crime contra o patrimônio, porque o minério é um bem da União; crime de sonegação de impostos, crime ambiental, porque provoca desmatamento e poluição dos rios; e tem também as consequências sociais, geralmente o garimpo atrai prostituição infantil, tráfico de drogas e violência.
A Polícia Federal diz que realiza constantes operações de combate ao garimpo ilegal no Pará. Em julho, oito pessoas foram presas por exploração de outro na terra indígena Kayapó, no sul do estado.
“Nós contamos muito com a ajuda do IBAMA, do DNPM, órgão que regulamenta e autoriza as extrações, os órgãos ambientais estaduais e municipais, as polícias estaduais, e toda e qualquer ajuda que possa auxiliar no trabalho da polícia de combate a essa atividade ilegal”, concluiu o Uálame Machado.
Apreensão em Agosto de 2016
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu nesta terça-feira (23) em Ipixuna do Pará, no nordeste paraense, seis quilos de barras de ouro transportados ilegalmente por um homem em um trecho da rodovia BR-010. Segundo a PRF, a carga tem um valor estimado de R$ 816 mil. Além do ouro, o suspeito transportava R$ 2.410 em dinheiro, que também foi apreendido.
A polícia abordou o veículo na altura do quilômetro 229 e ao revistar um dos passageiros, encontrou as barras de ouro em uma cinta presa em volta da cintura. Ao ser questionado, ele disse que não tinha autorização do Governo Federal para exploração, transporte e comercialização do minério, e que adquiriu o ouro de pequenos produtores do estado do Maranhão com o objetivo de vendê-lo no município maranhense de Imperatriz. De acordo com a polícia, o suspeito é proprietário de uma joalheria em Belém.
O caso foi encaminhado para a sede da Polícia Federal na capital paraense, onde será instaurado inquérito policial para apurar a prática de crime de usurpação de bem ou matéria-prima da União.
Apreensão realizada em Agosto de 2010
A Polícia Federal apreendeu 12 barras de ouro, avaliadas em mais de R$ 400 mil, em caixas no setor de cargas do Aeroporto Internacional de Belém, no Pará.
Segundo a PF, a carga foi encontrada durante uma operação de rotina, que ocorreu entre segunda-feira (30) e terça-feira (31), e investigava tráfico de drogas.
O ouro estava em caixas que seriam enviadas para São Paulo e Minas Gerais. A carga, segundo a PF, estava irregular, sem documentação.
A Polícia Federal investiga os destinatários e remetentes das caixas. Ninguém foi preso. Há suspeita de crime de lavagem de dinheiro.
(Globo/G1 Brasil e Pará)