MATO GROSSO | Mineradoras pesquisarão área de garimpo de ouro
Após duas intervenções policiais desde 2015 para retirada de
garimpeiros ilegais, a área da Serra da Borda, na região de Pontes e
Lacerda, a 483 km de Cuiabá, deverá ter seu potencial pesquisado por
pelo menos duas mineradoras, a Mineração Santa Elina Indústria e
Comércio S/A e a Mineração Tarauaca Indústria e Comércio S/A. Ambas
apresentaram requerimentos de pesquisa mineral na área nos anos de 1991 e
2000, mas só este mês receberam alvarás do Departamento Nacional de
Produção Mineral (DNPM) para iniciar o trabalho. Os dados são públicos e
constam do site oficial do departamento federal.
Ao todo, os alvarás abrangem 7.385 hectares, localizados entre as áreas
dos municípios de Pontes e Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade
(a 562 km da capital). Ambos os alvarás, concedidos no dia 2 de março,
são para pesquisa de ouro e têm validade de três anos prorrogáveis por
outros três.
Pesquisa mineral
No caso da empresa Mineração Santa Elina Indústria e Comércio S/A, o requerimento foi feito em julho de 1991 para uma área de 6.814/38 hectares em Pontes e Lacerda. O pedido ficou parado até 1999, quando voltou a tramitar no DNPM, avançando até 2003, quando novamente a tramitação ficou paralisada.
No caso da empresa Mineração Santa Elina Indústria e Comércio S/A, o requerimento foi feito em julho de 1991 para uma área de 6.814/38 hectares em Pontes e Lacerda. O pedido ficou parado até 1999, quando voltou a tramitar no DNPM, avançando até 2003, quando novamente a tramitação ficou paralisada.
O processo do requerimento só voltou a ter movimentação no DNPM em
outubro de 2015 – época em que a área da Serra da Borda já estava sendo
invadida por garimpeiros ilegais.
Já a empresa Mineração Tarauaca Indústria e Comércio S/A apresentou o
requerimento em outubro de 2000 para uma área de 570,81 hectares dentro
da jurisdição de Vila Bela da Santíssima Trindade, município vizinho a
Pontes e Lacerda.
O pedido tramitou vagarosamente no DNPM até 2005, quando foi
paralisado. Assim como no caso do primeiro requerimento, este só voltou a
ter movimentação no órgão federal em 2015 – no mês de novembro – ainda
durante a exploração ilegal de garimpo na Serra da Borda.
Nos dois casos, a tramitação teve seu andamento prejudicado pelo fato
de as áreas se localizarem dentro da faixa de fronteira do Brasil com a
Bolívia.
Nesses casos, as autorizações para pesquisa e exploração mineral devem
ser apreciadas pelo Conselho de Defesa Nacional, órgão consultivo da
Presidência da República, segundo explicou à reportagem o gerente
administrativo da Mineração Santa Elina, Sandro Alberto de Souza.
Segundo o gerente, de fato a movimentação ilegal de garimpeiros na
Serra da Borda no ano passado - que exploraram a região sem qualquer
autorização para isso, forçando a Justiça Federal a decretar ação
policial de evacuação da área - foi preponderante para que o DNPM
retomasse, após anos, os processos de requerimento de pesquisa mineral.
No caso da Mineração Santa Elina, os trabalhos de pesquisa ainda não
tiveram início, segundo o gerente. Ele explicou que a primeira etapa de
pesquisa deverá consistir no mapeamento geológico da área e na coleta de
amostras de rochas e solo para análise laboratorial que deverá apontar o
potencial aurífero do perímetro abrangido pelo alvará.
Conforme esclareceu o DNPM, os alvarás de pesquisa concedidos às
mineradoras pelo DNPM as obrigam a apresentar um relatório final de
pesquisa sobre a ocorrência de jazidas. Caso se confirme o potencial
mineral da área em questão, as empresas já ficam autorizadas a
explorá-lo.
Somente na área do município de Pontes e Lacerda o DNPM reúne 148
procesos de requerimentos para autorização de pesquisa de jazidas de
ouro. Dez deles foram protocolados este ano.
(G1 Mato Grosso)
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