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terça-feira, 23 de abril de 2013
GARIMPOS | Proibição de atividades de mineração não resolve problema ambiental e pode agravar os problemas sociais no Alto Tapajos

GARIMPOS | Proibição de atividades de mineração não resolve problema ambiental e pode agravar os problemas sociais no Alto Tapajos

Atividade garimpeira na bacia do Rio Tapajós foi paralisada pelo Decreto do Governo do Estado do Pará. Foto: A Crítica/Clovis Miranda

No dia 15 de abril o Governador do Estado do Pará, Simão Jatene, assinou o Decreto Estadual nº 714/2013 que proibiu a concessão de novas licenças e autorizações para atividades de lavra garimpeira (garimpo), nos afluentes diretos e indiretos do rio Tapajós. O Decreto também suspendeu, por um período de 60 (sessenta) dias, a contar da data de sua publicação, todas as licenças-autorizações ambientais já concedidas. A medida afeta os rios navegáveis e flutuantes do afluentes do Rio Tapajós, onde é possível a instalação de dragas flutuantes, bem como o tráfego de embarcações motorizadas. Assim, todos os empreendimentos que desenvolvam a mineração e que estejam localizados às margens navegáveis e afluentes do Tapajós, encontram-se temporariamente com suas atividades suspensas.

A decisão permanecerá até que a Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Estado do Pará-SEMA publique ato normativo estabelecendo os novos procedimentos para o licenciamento da atividade de garimpo. Os empreendimentos que persistirem na exploração estarão sujeitos a multas e a apuração de eventual crime ambiental.

Sob o suposto argumento de proteger as nascentes do Rio Tapajós e promover a preservação do meio ambiente, o Governador, que é do PSDB, conseguiu num mesmo ato agredir de forma aberrante a legislação constitucional e mineral. É de conhecimento público que a região sofre com problemas ambientais.Ocorre que, este é apenas um dos inúmeros transtornos porque passa a população no interior da Amazônia. A região do Alto Tapajós está localizada a mais de 1000 km da capital Belém e à décadas sofre com a total ausência do poder público. Ao longo dos anos os garimpeiros e o demais moradores tem sofrido surtos de malária, leishmaniose, dengue e outras doenças, e se deparam com a pouca ou quase nenhuma assistência de saúde pública.

A região também sofre com a inexistência de rede elétrica, com estradas que no período chuvoso da região ficam intrafegáveis, sem falar no pouquíssimo efetivo policial, trafico de drogas, prostituição e por aí vai.

Com tantas urgências sociais e de saúde pública osr. Governador Jatene escolheu “solucionar” apenas o problema ambiental da região. Este mesmo governo deixa a mercê da própria sorte as prefeituras da região, pois não oferecem politicas públicas que estimulem ou incentivem o desenvolvimento dos municípios.

O Decreto tem um objetivo específico: parar, toda a atividade de garimpo na região. Noentanto, na prática ele só vai afetar os empreendimentos devidamente autorizados, ou seja, aqueles que investiram tempo e dinheiro, que tiveram que enfrentar o longo e penoso licenciamento ambiental da SEMA, que tiveram que pagara taxas, despesas com técnicos, vistorias, entre outros, ou seja, pessoas que procuram cumprir com as regras ambientais e que foram fiscalizadas pelo poder público.

Atividade de Interesse Público

A atividade de mineração é considerada de interesse público, conforme Decreto Lei nº3345/41. Essa característica especial de atividade de utilidade pública, também é prevista na Resolução do CONAMA nº 369/2006 (artigo 2, II,“c”) e confirmada no parecer do Departamento Nacional de Produção Mineral-DNPM, PROGE/DNPM/Nº145/2006:“a mineração representa hoje atividade indispensável a evolução sustentável do país, (…) é inimaginável a vida sem minerais, metais e compostos metálicos, essenciais para a vida dos animais das plantas e dos seres vivos(…) a disponibilidade de bens minerais é simplesmente essencial: não há progresso sem a mineração e seus produtos”.

A atividade de mineração possui uma característica conhecida como Rigidez Locacional, isto implica dizer que ela deve ser desenvolvida em locais onde existe o bem mineral. Assim, pela importância da atividade e pela impossibilidade de mudar o lugar da exploração, é preponderante que o minério seja extraído em qualquer lugar em que seja encontrado, seja em unidades de conservação ou até mesmo em áreas de preservação permanente, como em beiras de rios, próximo à nascentes ou morros, serras, etc.

O progresso econômico e social do país esta ligado ao seu potencial industrial e depende essencialmente do aproveitamento dos recursos minerais, sendo que por isso, o desenvolvimento alcançado pela economia está certamente ligado ao setor mineral. A região afetada envolve os municípios de Itaituba, Jacareacanga e Novo Progresso, municípios que tem como pilaresde sua economia local as atividades de exploração de minério de ouro.E a suspensão dessas atividades pela edição do Decreto Estadualnº 731/2013 prejudicou diretamente os empreendimentos autorizados/licenciados, bem como os empreendimentos que buscavam o licenciamento ou pretendiam se legalizar.

Esta tomada de decisão vai de encontro ao que estabelece o Estatuto do Garimpeiro, Lei nº 11.685/2008, onde dispõe que a atividade de garimpagem será objeto de elaboração de políticas públicas pelo Ministério de Minas e Energia destinadas a promover o seu desenvolvimento sustentável.

Somado a isso, o Decreto ofendeu ato jurídico perfeito, ao suspender a eficácia das licenças ambientais outorgadas aos garimpos, visto que estes possuem autorizações concedidas pelo DNPM (União), e vão contra o disposto no Estatuto do Garimpeiro, que determina a implantação de políticas públicas que deveriam buscar o desenvolvimento sustentável da atividade.

Suspender as atividades e proibir a concessão de novas licenças só demonstra a incapacidade do Governo Estadual em fiscalizar a atividade, bem como de implantar programas ambientais e politicas públicas que promovam o desenvolvimento sustentável. Se os afluentes do Rio Tapajós estão em situação de degradação, isso decorre da ineficiência dos órgãos ambientais em fiscalizar e criar mecanismos facilitadores para a efetiva operacionalização do Estatuto do Garimpeiro.

A atividade de garimpo pode e deve ser desenvolvida em sintonia com o meio ambiente. É claro que os impactos sobre o meio ambiente, decorrentes da atividade, existem e sempre existirão, no entanto, caberia ao Estado, através de SEMA coibir a exploração predatória e desordenada, e incentivar e direcionar as atividades de forma ordeira e ambientalmente correta.

Proibir a atividade, antes mesmo de separar o “joio do trigo”, demostra o total despreparo e irresponsabilidade da gestão do Governo Estadual, que ao invés de tratar o problema, resolveu ceder à pressão dos ambientalistas, criando paliativos ineficientes.

É evidente que assinatura do Decreto não vai resolver a situação, muito pelo contrário, ira prejudicar apenas os garimpos legais, e agravará os problemas sociais dos garimpeiros e demais pessoas que dependem dessa atividade na região. Isso porque, quem hoje “garimpa” na ilegalidade, continuará a praticar a exploração normalmente. Em contrapartida, quem vinha desenvolvendo a atividade de forma legal, será obrigadoa parar a extração do minério, o que ocasionará para o bolso dos empreendedores impactos econômicos e sociais gravíssimos.

O Secretário Estadual de Meio Ambiente, José Colares ficou de publicaruma nova norma regulamentadora que tinha sido proposta em conjunto com as prefeituras, sindicatos e associações para adequar os garimpos às exigências ambientais. No entanto, diante da demora em decidir sobre a questão, o governo estadual, suspendeu as atividades até a edição da referida instrução normativa, transferindo para os garimpeiros o ônus pela omissão da Secretaria de Meio Ambiente do Estado.

Essas sucessivas demonstrações de descaso dos governantes só tem agravado o descontentamento dos eleitores do interior do Estado, tanto que não obstante mais de 98% dos eleitores que vivem nessas regiões votaram pela criação do Novo Estado do Tapajós, na esperança de ter sua voz e reinvindicações ouvidas.

A economia local depende das atividades de garimpo. O governo estadual não poderia simplesmente suspender as atividades, sem que primeiramente fosse realizadauma fiscalização juntoa todos os titulares de autorizações/licenças, para a verificação de quem está desenvolvendo a atividade de forma correta e quem nãoestá, inclusiveoportunizando prazo para regularização destes últimos. Só então assim, poderia suspender as licenças ambientais dos que não cumprem o que foi determinado.

O Governador sequer considerou os impactos que tal medida ocasionaria sobre a população local, na qualidade de vida das pessoas, na segurança pública, inclusive levando a marginalização essa classe de trabalhadores. Essa atitude demonstra a inversão de valores que a sociedade vive, onde se mobiliza mundo e fundos para proteger o meio ambiente, no entanto para proteger a vida do trabalhador não se faz nada ou pouca coisa.

O que se percebe é que o Governador Jatene desconhece, ou finge não conhecer,a realidade do Estado que administra. A edição do famigerado decreto demonstra o desrespeito às leis e ao cidadão de bem, que se esforça para viver dignamente na terra que escolheu para morar.

Além de não ter sido dado aos garimpeiros legalmente autorizados, qualquer voz ou oportunidade para adequar a nova política ambiental proposta pelo governo.

Resta aos empreendedores que se sentem prejudicados, o direito constitucional de propor ações na justiça estadual, com pedidos de urgência, para garantir seu direito de não terem suas atividades suspensas, a fim de evitar a ocorrência de danos de difícil ou incerta reparação, como prejuízos financeiros e trabalhistas decorrentes da paralização das atividades.

Arnaldo A. Malinski

Advogado com atuação em Direito Mineral

(Jornal O DIA A DIA/Novo Progresso)
terça-feira, 16 de abril de 2013
PARÁ | Governo proíbe atividade de garimpo no Tapajós

PARÁ | Governo proíbe atividade de garimpo no Tapajós

Garimpo localizado às margens do Rio Crepori, na Província Aurífera do Tapajós. Foto: Ricardo Fialho
Desde ontem está proibida a atividade de garimpo às margens de todos os afluentes do rio Tapajós, no oeste do Estado. A decisão foi publicada no Diário Oficial de ontem e o prazo para desmobilizar máquinas dessa área é de 60 dias.

O titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará, José Colares explica que a decisão foi tomada após uma série de encontros com representantes dos garimpeiros e com prefeitos da região. A proibição é por tempo indeterminado e atinge a atividade em municípios como Itaituba, Novo Progresso, Trairão e Jacareacanga. Hoje, há garimpos às margens dos rios Tocantinzinho, Água Branca, Crepori e Creporizão. “Esses afluentes não suportavam mais a atividade”.

Está suspensa também a atividade às margens do próprio rio Tapajós mas, nesse caso, a proibição poderá ser revogada. O governo do Pará encomendou estudo à Universidade do Oeste do Pará (Ufopa) para avaliar se há ainda condições da atividade ser retomada.

“Precisamos saber de que forma isso poderá ser feito”, explica. Não há prazo para conclusão do estudo. Enquanto isso, está liberada a atividade garimpeira em terra firme, mas ela precisará ser feita com autorização da secretaria.

Para isso, o Estado deve publicar, ainda neste mês, uma instrução normativa, definido os critérios para desenvolvimento do garimpo. Caso volte a ser liberada, a atividade no Tapajós também será alvo de instrução normativa.

DECISÃO

A decisão do governo deve atingir milhares de garimpeiros na região que foi um dos principais pontos de exploração mineral nas décadas de 1970 e 1980. Nos anos 90, a atividade entrou em declínio, mas com a recente recuperação do preço do ouro no mercado internacional, a região voltou a atrair exploradores. Não há dados precisos, mas estima-se que mais de 30 mil garimpeiros estejam atuando na região.

A produção supera os 300 quilos mensais. “Há localidades com mais de três mil habitantes que sobrevivem exclusivamente da extração de ouro. Não se trata de obstruir a vocação da região para a atividade garimpeira, mas ela precisa ser desenvolvida dentro de critérios”. O governo poderá atuar dentro da Área de Proteção Ambiental, que é de responsabilidade do Estado. Nas áreas de influência federal, caberá ao Ibama conceder a licença para a atividade.

(Diário do Pará)
segunda-feira, 15 de abril de 2013
IBRAM AMAZÔNIA |  Apresenta seu novo Gerente Executivo para a sede em Belém (PA)

IBRAM AMAZÔNIA | Apresenta seu novo Gerente Executivo para a sede em Belém (PA)

Ronaldo Lima - Gerente Executivo do IBRAM Amazônia. Foto: S3A Fotografia

Com o compromisso de criar oportunidades e intensificar o diálogo entre o setor minerador, o poder público e a comunidade local, o novo Gerente Executivo será apresentado no dia 15 de abril, data em que, simbolicamente, se renova o compromisso do Instituto com o Norte do País. Com 36 anos de protagonismo no setor e 10 anos de atuação na sede do Pará, o IBRAM leva uma nova proposta para fortalecer a mineração na Amazônia, incentivar novas políticas públicas e liderar o desafio ambiental.

“Pretendemos desenvolver um trabalho que possa fazer com que as pessoas enxerguem na mineração uma atividade que traz desenvolvimento de forma sustentável, criando um sentimento de orgulho pelo setor na sociedade”, afirma Ronaldo Lima. Ele diz que é necessário desfazer o falso estigma da mineração versus meio ambiente por meio da valorização do diálogo aberto e produtivo, sem preconceito, com os órgãos oficiais e as ONGs socioambientais em busca do desenvolvimento sustentável.

No Pará, o Gerente Executivo do IBRAM pretende trabalhar com a apresentação de projetos em conjunto com o setor público, sempre com a preocupação de estarem adequados à realidade local. Para esta iniciativa, o Instituto conta com o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) e com o Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (SIMINERAL). A intenção é estreitar ainda mais os laços com essas entidades. “Precisamos consolidar a imagem do IBRAM tanto no Pará quanto em toda a Região Amazônica e ampliar nosso relacionamento, principalmente com os órgãos estaduais, as instituições e a sociedade. O setor empresarial já tem um bom conhecimento sobre o Instituto e queremos levar nossa atuação de forma detalhada para vários outros setores”, explica.

O novo Gerente Executivo é paraense, formado em Geologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA), especialista em Gestão Ambiental pelo Núcleo de Meio Ambiente (NUMA/UFPA) e em Sensoriamento Remoto Aplicado ao Meio Ambiente e Recursos Hídricos pela Universidade de Brasília (UnB). Ex-presidente da Associação dos Profissionais Geólogos da Amazônia (APGAM), atuou como gestor em empresas de mineração e como Gerente de Projetos Minerários na Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará (SEMA).

(IBRAM)
terça-feira, 9 de abril de 2013
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MARANHÃO | Vale recebe licença ambiental para o Píer IV do terminal marítimo de Ponta da Madeira



A Vale informou na segunda-feira que recebeu a licença ambiental que faltava para o Píer IV do terminal marítimo de Ponta da Madeira, no Maranhão, projeto que permitirá a expansão da capacidade de escoamento de minério de ferro da principal mina da companhia, a de Carajás.

"A obtenção da LO (licença ambiental para operação) representa etapa fundamental para o suporte logístico ao crescimento da produção de minério de Carajás, na medida em que a Vale passa a dispor de todas as licenças ambientais requeridas para as operações portuárias do projeto CLN 150", disse a empresa.

O projeto CLN 150 permitirá a expansão da capacidade logística da Estrada de Ferro de Carajás para 150 milhões de toneladas métricas anuais, e envolve a duplicação de 125 km da Estrada de Ferro Carajás (EFC), além da construção de um terminal ferroviário, em adição ao Píer IV.

A capacidade total de escoamento pelo CLN 150 equivale a cerca de metade das vendas totais de minério e pelotas da Vale, maior produtora global da commodity, no ano passado.

A Vale trabalha em outros projetos paralelos no Pará para elevar em 40 milhões de toneladas ao ano a capacidade de produção da região de Carajás, com previsão de entrada em operação no segundo semestre de 2013.

Além disso, a Vale também desenvolve Carajás Serra Sul, com entrada prevista para o segundo semestre de 2016, que terá capacidade nominal para 90 milhões de toneladas de minério.

O importante polo de Carajás, no Pará, produziu 106,8 milhões de toneladas em 2012, 2,7 por cento abaixo de 2011.

O aumento da capacidade de escoamento no Sistema Norte está previsto para se dar entre o primeiro semestre deste ano até o final de 2014, segundo relatório da Vale divulgado recentemente, no qual informou também que um navio já atracou no porto do Maranhão em teste de carregamento.

A licença, emitida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente, refere-se às seções em terra e no mar do píer.

A parte "onshore" compreende dois viradores de vagões, dois pátios de estocagem de minério de ferro, uma empilhadeira, duas recuperadoras de minério de ferro e correias transportadoras. A "offshore" contém o berço Sul do Pier IV, uma ponte de acesso (1,6 km), carregadora de navios com a respectiva linha de carregamento (16.000 toneladas por hora), sistema de proteção ambiental, um píer para rebocadores e outros equipamentos. 

(Estadão)
segunda-feira, 8 de abril de 2013
quinta-feira, 4 de abril de 2013
AMAPÁ | Anglo American é multada em R$ 20 milhões por acidente no Porto de Santana

AMAPÁ | Anglo American é multada em R$ 20 milhões por acidente no Porto de Santana

Imap e Sema fiscalizam Porto de Santana. Foto: Agêcia Amapá/Antonio Sena
O Instituto do Meio Ambiente e de Ordenamento Territorial do Estado do Amapá (Imap), acompanhado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), realizou na manhã de terça-feira, 2, uma visita técnica nas dependências da mineradora Anglo Ferrous Amapá Mineração Ltda.

Essa ação atende as competências legais do Imap e a determinação do governador do Estado, Camilo Capiberibe, para que o acidente com desmoronamento do porto de escoamento de minério em Santana, ocorrido no dia 28 de março, fosse investigado pelos órgãos estaduais.

O objetivo da ação foi monitorar as atividades que estão sendo executadas pela empresa na área do acidente e efetuar a lavratura do auto de infração ambiental, que, após análise técnica, teve valor estabelecido em R$ 20 milhões.

O auto de infração ambiental é um procedimento previsto na legislação como penalidade quando ocorre um dano ou crime ambiental. O Imap estabeleceu como parâmetro para definição do valor da multa as informações do parecer técnico, que demonstram alterações sensíveis ao meio ambiente, o porte do empreendimento (excepcional) e a gravidade do dano conforme estabelece a legislação ambiental do Estado.

O diretor do Imap, Mauricio Souza, explica que auto de infração é uma sanção administrativa e que, além disso, a empresa tem a obrigação de implementar ações de recuperação ambiental da área impactada.

"O auto de infração aplicado pelo Imap junto à mineradora será encaminhado para o Ministério Público Estadual", diz Mauricio.

DESMORONAMENTO

Por volta da meia noite do dia 28 de março, um desmoronamento na área onde se localizava um píer flutuante da mineradora fez com que caminhões, guindaste e utensílios utilizados na atracação de navios que embarcam minério de ferro fossem jogados no Rio Amazonas.

A Capitania dos Portos abriu um inquérito para apurar as causas do acidente.

A mineradora atribuiu o acidente "a uma massa de água anormalmente grande que se moveu pelo braço do rio", diz a empresa.

Em nota divulgada na terça-feira, a Anglo American informou que solicitou ao Comando da Marinha no Amapá um navio com a tecnologia sonar para auxiliar na busca das vítimas que ainda não foram localizadas. A embarcação estava prevista para chegar nesta quarta-feira e irá mapear o fundo do Rio Amazonas. "A tecnologia do navio soma-se ao helicóptero, que está sobrevoando desde ontem o Rio Amazonas e afluentes, cobrindo uma área de pelo menos 100 km², a partir do Porto de Santana-AP, para intensificar a procura dos três desaparecidos, iniciativa novamente promovida em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar do Amapá. Desde o início do trabalho de resgate, a Anglo American disponibilizou duas lanchas para percorrer o perímetro; um guindaste sobre uma balsa, que foi instalado no último sábado (30) para içar as estruturas submersas; e contratou mergulhadores especializados que, desde domingo, avaliam as condições e definem os equipamentos a serem utilizados no trabalho alinhado com os bombeiros. A empresa se empenha ainda em trazer os mais modernos recursos tecnológicos para ampliar as probabilidades de sucesso das buscas", afirmou a Anglo American.

(Agência Amapá/G1 Economia)
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