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sexta-feira, 1 de março de 2013

AMAZONAS | Exploração de potássio em Autazes começa, até 2018, com projeto Potássio Amazonas

Projeto Potássio Amazonas. Divulgação: A Crítica.
A mais recente jazida de potássio descoberta no Amazonas, na cidade de Autazes (a 161 quilômetros de Manaus), promete ser a “salvação” brasileira para autossuficiência do produto pelo próximo século, possibilitando até exportação. A exploração da nova reserva começa até 2018 e vai gerar 20 mil empregos em uma década, como informou o titular da Secretaria Estadual de Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos (SEMGRH), Daniel Nava.
 
Até o momento, a reserva Fazendinha, no município de Nova Olinda do Norte, e a reserva Arari, em Itacoatiara - ambas no interior do Amazonas -,  somam aproximadamente 400 milhões de toneladas e são de responsabilidade da Petrobras. Enquanto a jazida em Autazes, que tem profundidade de 650 metros e foi descoberta em 2009, são ainda maiores, segundo Nava.

A exploração de potássio em Autazes tem previsão para começar, até 2018, com o projeto Potássio Amazonas, cujo custo estimado está em R$ 5 bilhões. O valor a ser investido na cidade é motivo de comemoração para o prefeito da cidade, Wanderlan Sampaio.  ”Iremos lucrar muito. Não só com a receita do município, mas com a possibilidade de trazer oportunidades para nossa gente”, completou.

Importação

O Brasil importa, atualmente, cerca de 92% do potássio que utiliza. A participação brasileira resume-se às reservas de Sergipe, cuja mina tem vida útil até 2019 e que contribui com 8% das necessidades do país. Além desse “estoque” nacional , o potássio usado no País vem do Canadá, Rússia, Alemanha e de Israel, sendo matéria-prima essencial para a produção de fertilizantes agrícolas.

Para Nava, o potássio amazonense é elemento estratégico para a nação. “O Brasil, como grande produtor de alimentos e biocombustível, é dependente de fertilizantes, já que os dois sistemas produtivos exigem que se tenha uma boa produtividade por hectare”. A capacidade da jazida de Autazes foi calculada, mas ainda será divulgada pela presidente Dilma Rousseff. “A nova jazida  tem potencial para atender às necessidades brasileiras por mais de 100 anos. Isso representa um século de independência para que possamos produzir alimentos e biocombustíveis sem participação estrangeira”, garantiu Nava.

O potencial do Estado será explorado com investimentos dos governos federal e estadual, além do setor privado. Segundo Nava, o projeto Potássio Amazonas é focado em sustentabilidade. “O Amazonas, com o conceito de sustentabilidade, vai mostrar pro mundo que é uma grande economia e que mantém a floresta em pé”.

Exportação

Além de atender a demanda interna, há planos para que o potássio amazonense atravesse fronteiras internacionais, concorrendo diretamente com o maior produtor do mundo: o Canadá. Para exportar ao Estados Unidos o potássio canadense faz uma rota longa e cara.

“Para chegar à região sul dos Estados Unidos, o minério viaja 1.500 quilômetros por ferrovia até o Oceano Pacífico. De lá, contorna o país, passa pelo Canal do Panamá, e finalmente chega. Nosso produto atenderá a eles com mais facilidade. Nosso custo e nossa operacionalidade são excepcionalmente mais competitivos que outras reservas do mundo”, explicou o titular da Secretaria Estadual de Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos.

O fertilizante NPK – composto por nitrogênio, fósforo e potássio – também será produzido no Amazonas. A fabricação de NPK necessita de nitrogênio, elemento abundante no nosso gás natural, e de fosfato, disponível no sul do Estado. “Talvez sejamos o único Estado do Brasil com esses três ingredientes”, especulou Nava.

Impacto

Ambientalmente, a exploração de potássio é vista como sustentável e limpa. O titular da SEMGRH garante que o impacto é mínimo. “A extração do minério não é feita em mina à céu aberto. Associou-se mineração com degradação ambiental por conta dos garimpos. As minas de potássio, por serem subterrâneas, são adequadas à sustentabilidade que queremos manter”, garantiu.

O prefeito de Autazes ressaltou que o modelo de exploração subterrânea adotado é aprovado internacionalmente. “A extração será feita do modo que é realizado no Canadá e na Rússia. O impacto na superfície se resume à construção de elevadores para a retirada do minério do subsolo”.

Sobre os resultados do processo de exploração, o prefeito é enfático. “Que não seja uma riqueza que vá produzir efeitos somente aos grandes centros do agronegócio. Não quero nosso povo vivendo em cima de uma riqueza e que não usufrua dela”.

(Portal Amazônia)

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