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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

MATO GROSSO | Justiça recebe denúncia contra 30 pessoas por mineração ilegal

Operação Eldorado. Foto: Divulgação/PF
A Justiça Federal de Mato Grosso recebeu denúncia do Ministério Público contra 30 pessoas acusadas de envolvimento com práticas de exploração ilegal de ouro em terras indígenas, esquema desmantelado em novembro pela Polícia Federal (PF) durante a operação Eldorado após movimentar cerca de R$ 150 milhões.

Nota emitida na sexta-feira (22) pelo juízo da 5ª Vara da Justiça Federal informa que os acusados, investigados desde fevereiro de 2012, passarão a figurar como réus numa única ação penal. Na Justiça, eles devem responder por supostos crimes ambientais, por formação de quadrilha, usurpação de bens da União, operação ilegal de instituição financeira, receptação qualificada e corrupção passiva e ativa. Também podem ser imputados crimes contra a ordem financeira e de lavagem de dinheiro.

A operação Eldorado consistiu no cumprimento de 28 mandados de prisão temporária e 64 de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso, Rondônia, Pará e Amazonas. No dia em que a operação foi deflagrada, 16 pessoas chegaram a ser presas.

O cumprimento dos mandados judiciais foi marcado por confronto entre as forças policiais e índios da etnia Mundurukú, que teriam tentado impedir a destruição das dragas de garimpo ilegal.

No tiroteio, o índio Adenilson Kirixi Munduruku foi assassinado com três tiros. Dois policiais e outros seis índios ficaram feridos. O conflito em si está sendo objeto de uma investigação paralela por parte do Ministério Público. A operação chegou a ser suspensa após o confronto.

A ação do grupo era concentrada em Mato Grosso. A extração ilegal de ouro era realizada com dragas ao longo do rio Teles Pires, no Norte do estado. O material era posteriormente enviado para postos de compra nos demais estados onde a PF acabou deflagrando a operação.

Parte do grupo investigado se responsabilizava, segundo o Ministério Público, por intermediar a venda do minério e regularizá-lo no Sistema Financeiro Nacional, valendo-se de permissão de extração garimpeira.

Por sua vez, a outro grupo da quadrilha cabia a logística de todo o processo, que acabava resultando também em destruição de áreas de preservação e poluição.

(G1 | MATO GROSSO)

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